[Resenhas] Um Sonho Possível

Cuidado, espectador: não vá ao cinema para assistir a “Um Sonho Possível” (“The Blind Side”, no original) apenas por causa do Oscar de (minha querida) Sandra Bullock. O filme de John Lee Hancock vale a pena por todo o conjunto de interpretações e história (real, e eu só descobri isso nos créditos). Não chega a ser um filmão, é previsível e, se ainda houvesse apenas cinco indicações ao Oscar, muito provavelmente a produção não estaria entre elas.

Mas é uma história comovente, bem contada, ainda que sem grandes surpresas. Sandra realmente está admirável, perfeita na dose entre a perua loura — que poderia apenas passar pela vida em meio a excessos — e a mulher de essência boa ainda que tenha que aprender aos poucos o que isto signifique.

Uma interpretação histórica e inesquecível ? Não creio. Entre as outras candidatas, havia Meryl Streep com uma interpretação mais forte, num papel mais marcante, e Gabourey Sidibe, de “Preciosa”, emociona além da conta. Mas Sandra ganhou o Oscar, entre outros prêmios, pela perfeição com que conseguiu emocionar e tornar crível seu papel sem cair na pieguice. Palmas, todas, para ela. Dizem que o papel seria de Julia Roberts, que teria recusado. Melhor assim.

Destaque também para o restante do elenco, em especial Tim McGraw, marido de Bullock na trama, e o pequeno Jae Head, escandalosamente bem como o pequeno filho biológico do casal. O protagonista, Quinton Aaron, está apenas correto. Não saia antes dos créditos.

Em tempo: caso você tenha chegado aqui procurando alguma resenha crítica do filme para um trabalho escolar, lembre-se que o nome do autor e, em especial, o estilo de quem escreve fazem a grande diferença (e não enganam o professor, ainda que você mude uma parte ou outra do texto).

Tommy Beresford

~ por Tommy Beresford em março, 23 2010.