De acordo com o portal G1, o grande ator Paulo César Pereio, que vivia no Retiro dos Artistas desde 2020, morreu na tarde de 12.05.2024, no Rio de Janeiro. Ele tinha 83 anos:
A informação foi confirmada pelo Hospital Casa São Bernardo, onde ele estava internado.
De acordo com a unidade de saúde, o ator estava em tratamento de uma doença hepática avançada e foi levado ao hospital durante a madrugada, já em estado grave.
Paulo César Pereio nasceu em Alegrete, no Rio Grande do Sul, em 19 de outubro de 1940. Tem trabalhos marcantes na TV, teatro e no cinema, onde atuou em mais de 60 filmes. Trabalhou em filmes de cineastas importantes do cinema brasileiro como Glauber Rocha, Hector Babenco, Arnaldo Jabor, Hugo Carvana e Ruy Guerra.
No documentário “Tá rindo de quê?”, sobre o humor na ditadura militar, Pereio falou sobre a dificuldade do ator para driblar a censura.
“Eu improvisava muito. Eu vou improvisar? Tem que dizer um texto enviado para a censura, carimbado, e tem que ser aquele texto. E qualquer improviso será castigado”, disse Pereio.
Pereio vivia no Retiro dos Artistas desde 2020, no começo da pandemia de Covid-19.
“Adeus Pereio. Te Amo. Sempre”, publicou o ator Stepan Nercerssian em uma rede social.
Conhecido pela voz grave, Pereio fez muitos trabalhos na publicidade.
“É um trabalho que eu levo muito a sério e considero tão artístico como qualquer outro. De vez em quando, os publicitários fazem obras de arte em 30 segundos. E acho que a publicidade influencia a linguagem de cinema e televisão”, disse Pereio em entrevista ao programa TV Mulher, em 1981.
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Algumas das homenagens de artistas:
Na Wikipedia:
Atuou em mais de sessenta filmes e inúmeras peças teatrais. No cinema, foi dirigido por Glauber Rocha, Arnaldo Jabor, Hugo Carvana, Ruy Guerra e Hector Babenco. Enlouquecia os diretores graças aos seus sumiços e atrasos. Irônico e irreverente, ficou conhecido por marcar o final de cada frase sua com a expressão “porra”.
É considerado um dos melhores narradores do país e uma das vozes preferidas dos publicitários brasileiros. Ironicamente, em seu filme de estreia, o diretor Ruy Guerra chamou Cecil Thiré para dublá-lo. Pode-se também dizer que Paulo Cesar Pereio foi figura importante na Campanha da Legalidade comandada pelo então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, pois juntamente com Lara de Lemos compôs o Hino da Legalidade, além de ter sido um dos locutores da Rádio da Legalidade, cadeia de rádios liderada pela Rádio Guaíba e que garantiu a posse de João Goulart em 1961.[carece de fontes]Além disso, Pereio também participou da campanha presidencial de Brizola em 1989, como um dos locutores do horário eleitoral do então candidato.
(…) Estreou nas telonas em 1964 no filme Os Fuzis como Pedro, obra dirigida por Ruy Guerra. Três anos depois, foi um estudante em Terra em Transe. Em 1968, esteve nos longas Os Marginais, O Homem Que Comprou o Mundo e atuou como Paulo César A Vida Provisória. No ano seguinte, foi protagonista do filme Pedro Diabo Ama Rosa Meia-Noite, além de viver Miguel Horta em O Bravo Guerreiro. Iniciou a década de 1970 na pele de Zambio em Sagrada Família e Jorge em Gamal, o Delírio do Sexo. Em 1971, viveu um homem em Bang Bang e um amigo em O Capitão Bandeira contra o Dr. Moura Brasil.
Em 1972, interpretou Alvarenga Peixoto em Os Inconfidentes. No ano seguinte, participou dos longas Toda Nudez Será Castigada, viveu um ex-malandro em Vai Trabalhar, Vagabundo!, narrou Paraty: Impressões e foi um estradeiro em Sagarana, o Duelo. Em 1974, viveu o doutor João Oliveira em A Estrela Sobe, cabeleireiro em As Mulheres que Fazem Diferente, um médico em Relatório de um Homem Casado e Pereio em A Cartomante.
Pereiro trabalhou com o diretor Arnaldo Jabor em três longas de sua autoria.
Em 1975, após inúmeros trabalhos no cinema, veio seu primeiro destaque: o padeiro Marques em As Aventuras Amorosas de um Padeiro rendeu o Kikito de ‘Melhor Ator Coadjuvante’ pelo Festival de Gramado. Três anos mais tarde, voltaria a conquistar três novos prêmios, todos pela categoria de ‘Melhor Ator Coadjuvante’ pelo Festival de Brasília: Juraci em Chuvas de Verão, com direção de Cacá Diegues; fez participação especial como Bill Thompson em Tudo Bem, dirigido por Arnaldo Jabor; e Paulo César em A Lira do Delírio.
Na década de 1980, iniciou como Waldo em Fruto do Amor e Paulo em Eu Te Amo, este último, foi o terceiro trabalho de Pereiro no cinema com direção de Arnaldo Jabor – o mesmo já havia atuado em obras dele em Toda Nudez Será Castigada e Tudo Bem.[30][31] Em 1982 foi o período em que participou de mais longas, sendo cinco: Rio Babilônia, Retrato Falado de uma Mulher sem Pudor como Abdelaziz Kamel, Ao Sul do Meu Corpo, participação especial em Tensão no Rio como oficial do coronel de vendas; além de uma vítima do professor em O Segredo da Múmia. Seu próximo trabalho em destaque, no entanto, só veio em 1985, na pele de Corcunda no cartaz Noite, ganhando o Kikito na categoria de ‘Melhor Ator’ pelo Festival de Gramado. Posteriormente, ainda participaria de filmes nesta década como Um Filme 100% Brasileiro e Dias Melhores Virão, este último na pele de Pereira.
Mais em
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_C%C3%A9sar_Pereio
Na televisão, fez mais de vinte trabalhos, incluindo novelas, séries e especiais.