[Resenhas] Divã
“Deixar a rua me levar / ver a cidade se acender”, como canta Ana Carolina ao final de “Divã”, não é simples assim para boa parte das mulheres que, ainda subjugadas pelo persistente e resistente machismo da cultura brasileira em pleno século 21, não consegue dar seu grito de liberdade por rumos pelos quais somente elas possam decidir. “Divã” — o livro, a peça, o filme — não é uma obra panfletária, nem levanta bandeiras do feminismo ou da resposta a todos os séculos de submissão, preconceito, recalques e injustiças, mas é uma bela obra em torno do amor e do que se pode e deve esperar dele no “frigir do ovos” (sem trocadilho com os desejos sexuais dos maridos insensíveis) em meio a uma busca sempre tão difícil da quase inexplicável felicidade.
O roteiro de Marcelo Saback é fruto de sua experiência mais que bem sucedida no teatro — ficou em cartaz por mais de três anos — em roteiro por sua vez derivado do livro de Martha Medeiros, escritora querida do grande público, cronista de jornais e autora de diversos livros de sucesso. Protagonista da peça, Lília Cabral atriz brilha intensamente também na telona, agora dirigida por José Alvarenga Jr e acompanhada de um ótimo elenco.
Em interpretação contida e inteligente, Alexandra Richter também se destaca, mas Reynaldo Gianecchini e Cauã Reymond não ficam atrás: ela, destaque do humor televisivo e teatral, e eles, galãs queridos pelo público feminino por seus trabalhos na TV, não deixam seus personagens caírem no estereótipo. José Mayer também não decepciona, e vale a menção mais que honrosa para a pequena mas perfeita participação de Paulo Gustavo como o cabeleireiro René.
O diretor conduz o filme com simplicidade e precisão, e não deixa que a produção enverede pela tão convidativa linguagem televisiva. O bom e leve humor de todo o filme gera risos mas não resvala no pastelão, os diálogos são ótimos e há muitos momentos de emoção, onde as lágrimas dos espectadores remetem às suas próprias dores e aflições, quer do passado, quer do presente. Até a duração do filme é precisa: nem curto nem longo demais. Enfim, um belo filme, que merece ser visto… e depois não pense duas vezes em “deixar a rua te levar, ver a cidade se acender”.
ralmente um ótimo filme. Chega de filmes com violência e crimes. O Brasil tem que aprender a fazer filmes com diferentes temáticas
QUERO SABER QUEM CANTA ACAPELLA NA HORA EM QUE O THEO DÁ UM FORA NA MERCEDES. JA PESQUISEI EM TODA A NET E NADA. TA MUITO DIFICIL EU PRECISO MUITO DESSA MUSICA.
ME AJUDE POR FAVOR
PAULLOSAINTS@HOTMAIL.COM
Gostei. De fato um filme leve, sem dramas ou grandes questões, como todas nós, mulheres, deveríamos ser… (risos). Recomendo!
Bjs!