[Resenhas] Batman – O Cavaleiro das Trevas

Verdade seja dita: toda a expectativa com relação a “Batman – O Cavaleiro das Trevas” foi deturpada com o falecimento de Heath Ledger e as posteriores notícias de que seu vilão em lançamento póstumo seria um arrasa-quarteirão. Todas as atenções – tanto da crítica quanto de boa parcela do público – se voltaram, portanto, para o Coringa, e nada mais que o Coringa importaria.

Nem tanto. O filme é muito mais que apenas um grande vilão. Faz pensar se é melhor que seu antecessor, Batman Begins, e nos faz rir se pensarmos nos longínquos primeiros filmes desta série cinematográfica que no fundo de sequência não tem nada. “Batman – O Cavaleiro das Trevas” é um excelente filme com uma trilha certeira, entre thriller e silêncios dos tarimbados Hans Zimmer e James Newton Howard, cenas de ação de tirar o fôlego e um elenco de primeira.

Em tempos de críticas tão voltadas a Ledger, é mais que necessário elogiar o restante do elenco que, sob a batuta de um maduro diretor Christopher Nolan, dá o clima necessário para que a produção seja um grande filme. Não há como não citar o excelente desempenho de Aaron Eckhart, certamente um dos melhores contrapontos a um Batman cada vez mais seguro interpretado mais uma vez pelo ótimo Christian Bale. Maggie Gyllenhaal, Morgan Freeman e Cillian Murphy (este em uma pequenina ponta de luxo), todos estão ótimos, com destaque – sempre – para Gary Oldman e Michael Caine.

Mas não há como escapar: Heath Ledger é mesmo o nome do filme. Seu Coringa poderia ser soturno, histérico ou caricato: ao invés disso, Ledger deixa para os cinéfilos uma das melhores interpretações dos últimos tempos. A perda de um grande ator é acompanhada também pela perda de um grande personagem: como desejar um novo intérprete para Coringa depois de “Batman – O Cavaleiro das Trevas” ?

Heath Ledger deixará saudades. Seu Coringa também. Dá vontade de olhar para os céus e indagar: “Why So Serious ?”…

Tommy Beresford

~ por Tommy Beresford em julho, 20 2008.

2 Respostas to “[Resenhas] Batman – O Cavaleiro das Trevas”

  1. Batman : O cavaleiro das trevas foi mais profundo que todos os outros filmes.A temática explorada envolveu a realidade refletida na violência da atualidade, agregada ao caos da humanida. Para completar, a verdadeira face do homen morcego foi revelada e suprimida ao mesmo tempo. Ele não pôde dedicar-se ao amor, veveu um triângulo amoros, não muito sucedido, devido ao fardo de herói. Já o Coringa representou a loucura do ser, brilhantemente mostrou que todo homem tem um lado escuro dentro de si, há um lobo no interior de cada um de nós.Isso por meio do excelente cidadão que passou a ter duas caras devido ao acidente, em que a prória corja corrupta da polícia provocou.
    Reamente, é um filme reflexivo e atual.

  2. Demorei muito para assistir a este filme o que é uma pena: de fato o fiz para “checar” (se é que fosse preciso) a atuação de Ledger como o Coringa, já que achei inesquecível o personagem quando vivido por Jack Nicholson. Não há comparação: à alegria caricata (e malvada, com certeza!) de Nicholson não se contrapõe aos toques de sadismo e até a uma certa “seriedade” de Ledger. Um grande ator, numa grande atuação, sem dúvida.

    Mas, como bem diz tua resenha caro Tommy, esquecer de Bale, Oldman (fiquei na dúvida se era ele mesmo), Caine e Freeman é ver o filme pela metade. Acho que Christopher Nolan soube conduzir um elenco deste “top” muito bem – incluindo Gyllenhaal, claro. A história entra numa discussão interessante sobre herois e mesmo sobre a humanidade. Por mais leve e superficial que estes pontos tenham sido tocados, valeu.

    De resto, assino embaixo tua nobre resenha e já fico “agendada” para ver “o antes” (“Batman Begins”) e “o depois” (“Batman Dark Knigh Rises”) 🙂

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