[Resenhas] Encantada

Encantada, cartaz

Ainda na fase de filmes infanto-juvenis-de-família-e-afins e mais uma vez contemplando a obsessão do cinema americano por esquilos, assisti a Encantada.

Para minha alegria – e da criançada, que aplaudiu em ‘cena’ aberta duas vezes – a Disney acertou a mão, e acertou em cheio.

“Encantada” é mesmo um encanto, ainda que sem grandes surpresas ‘roteirísticas’. Nem precisava. Tive que ver dublado, não somente pelas razões paternas óbvias, mas porque parece que praticamente só tem cópias dubladas na cidade – felizmente, com nossos melhores dubladores, e não aqueles clones chinfrins dos filmes que a emissora ainda líder anda exibindo à noite na nossa combalida TV aberta. Com isso, porém, perde-se a narração de Julie Andrews.

Narração ? Se tinha, nem notei, ainda mais quando Amy Adams aparece na tela, depois de um início quadrísticamente correto e divertido em animação tradicional. A concorrente ao Globo de Ouro está muito bem no papel da princesa encantada (bem mocinha – ‘tolinha’ para alguns – e mais que tradicional) que acaba caindo – literalmente – no lugar mais que improvável. James Marsden (de “X-Men”) faz um Principe Edward bem divertido, mais uma vez ratificando a onda de pouca sorte na qual os príncipes encantados têm andado – vide “Deu a Louca na Cinderela” e a trilogia Shrek.

Por falar em Shrek, o filme começa com uma citação talvez involuntária mas bem divertida aos ‘filmes de ogro’. Mas citações voluntárias são o que não faltam ao filme de Kevin Lima (de “Tarzan”): entre a mistura mais presente e óbvia de Branca de Neve com Cinderela, há espaço para Chapeuzinho e Bela Adormecida, entre outros. Eu diria até King Kong, mas talvez seja exagero meu.

Voltando ao elenco, Rachel Covey é um doce-de-coco que duela – no melhor dos sentidos – com seu pai Robert, vivido por Patrick Dempsey (ele mesmo, andava meio sumido), outra ótima escolha de elenco, que tem ainda Timothy Spall (o Peter Pettigrew de “Harry Potter”).

Mas quem rouba a cena, tanto na versão animada quanto na versão carne-e-osso, é a Madrasta – e eu não vou estragar a surpresa, se é que é surpresa – sobre a atriz que brilha no papel.

O filme já valeria pelo final mais que esperado, mas há duas cenas que o tornam imperdível:

– a cena de cantoria do Central Park, quase uma mistura dos excelentes Hair com A Bela e a Fera (cuja trilha, por sinal, era de Alan Menken, que assina também a trilha de “Encantada”). Uma sequência irresistível.

– a cena do baile. Como nos contos de fada, não falta magia.

A magia do cinema, portanto, é de todas as idades. Compre sua pipoca e divirta-se nesse deleite: há lugar para romantismo no cinema deste mês de janeiro. E na vida.

Tommy Beresford

Em tempo: caso você tenha chegado aqui procurando alguma resenha crítica do filme para um trabalho escolar, lembre-se que o nome do autor e, em especial, o estilo de quem escreve fazem a grande diferença (e não enganam o professor, ainda que você mude uma parte ou outra do texto).

Encantada, cena

~ por Tommy Beresford em janeiro, 09 2008.

7 Respostas to “[Resenhas] Encantada”

  1. Encantada….é como estou após assistir a este delicioso filme.
    Indico a todos e todas que nos dias atuais estão completamente entregues ao total desencanto de viver! Poder rir e sonhar novamente é isto que este filme nos traz. Um pouco de riso e fantasia não fazem mal a ninguém. Permita-se este sonho.

  2. Olá, Meire. Que legal que você também gostou. Boas vindas ao “Cinema É Magia” e uma excelente Páscoa pra você. Volte sempre.

  3. gostei muito do filme!!!é nota 10…só q eu já enjoei de tanto assistir.

  4. esse filme é muito daora

  5. Esse filme é maravilhoso já assistimos 20 vezes.

  6. esse filme é mto fofo

  7. muiitoooo zikaaa muito dahora adorei eu tenho gosto muito do vestido de tapete e de cortina kkkkkk bjs adoro!!!

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