[Resenhas] Dúvida
Talvez “Dúvida” não agrade tanto a muita gente que vá aos cinemas esperando demais de um filme candidato a vários Oscars. Mas o filme de John Patrick Shanley não está na lista de Melhor Filme justamente porque seus destaques maiores estão no excepcional elenco.
Não que “Doubt” (título original) seja um filme menor, não mesmo. Vá preparado para um ótimo filme, só que em torno de um tema limitado porém bem desenvolvido. Uma igreja, uma escola, o relacionamento entre religiosos e crianças, preconceito e dúvidas no ar com cheiro de perseguição: eis a trama que é muitíssimo bem ilustrada no sermão que o Padre Flynn faz usando a metáfora da facada no travesseiro.
Com um elenco como o de “Dúvida”, quem precisa de tramas paralelas ? Amy Adams dá emoção correta à sua quase ingênua Irmã James. Philip Seymour Hoffman brilha mais uma vez no difícil papel do já citado Padre Flynn. Meryl Streep, em sua 15a indicação ao Oscar, mostra mais uma vez que é uma atriz mais que talentosa: é generosa. Seu tom é sempre tão perfeito que, em cenas fortes com Amy Adams e Seymour Hoffman, ela dá a ambos todas as ferramentas para brilhar. Uma atriz fantástica.
Além dos três indicados ao Oscar (Streep como atriz principal, os demais como coadjuvantes), é dificil não falar da senhora Miller de Viola Davis. Com poucos minutos em cena, ela impressiona e emociona, merecendo como ninguém a sua indicação ao Oscar. Uma história simples e bem contada, eis o que o espectador deve esperar do filme: não tenha dúvidas, vale o ingresso.
Vale também lembrar que Streep levou o Screen Actors Guild, mas perdeu o BAFTA e o Globo de Ouro para Kate Winslet. Este ano, nas categorias de interpretação do Oscar, é realmente muito difícil opinar com qualquer certeza com relação aos quatro prêmios. Tudo pode acontecer. Bom para o espectador: um extenso festival de grandes atuações.
Tommy Beresford
Apesar do filme pecar bastante quanto à sua direção, certamente mereceu suas indicações ao Oscar justamente por ter como maiores destaques o elenco (Streep e Davis em particular) e o roteiro.
O filme fala sobre intolerência e dos pecados que cada um traz consigo. Vale pelo elenco espetacular e dos diálogos, repletos de ressentimentos.
O “duelo” entre Meryl e Hoffman é sensacional. Que resultado esperar de dois Atores (com A maiúsculo) como eles? Importantíssimo também ver a dúvida (com trocadilho), levantada sobre o que se propõe com uma igreja mais “receptiva” e “atual”, em contraste com os valores tradicionais, antigos e antiquados, mas fundamentados no respeito às pessoas…
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Retrospectiva 2009: Parte 2 « Sociedade Brasileira de Blogueiros Cinéfilos said this on novembro, 28 2009 às 1:05 am |
uma boa história contada e modo correto por atores excepecionais, que perdura após o término. isso é cinema.