[Resenhas] Simplesmente Feliz
Quem é anormal, quem é estranho, quem está fora do contexto ? E qual contexto é o “normal”, que comportamentos podems ser rotulados como os corretos ? “Simplesmente Feliz”, dirigido por Mike Leigh, inunda a personagem Poppy de otimismo e um modo peculiar de enxergar o dia-a-dia. Quase uma Polyanna disfarçada, a personagem vivida com por Sally Hawkins algumas vezes pode ser vista, pelo espectador, como uma mulher deslocada, mas certamente muito mais deslocada em relação às experiências do próprio expectador do que em relação ao ambiente em que a personagem efetivamente vive.
Sally Hawkins não entrou nas cinco indicações do disputado Oscar de Melhor Atriz do ano, mas levou merecidamente o Globo de Ouro de 2008/2009 como Melhor Atriz Musical/Comédia e o o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim, mas são apenas dois entre inúmeros outros prêmios (Hollywood Breakthrough Award, Los Angeles Film Critics Association Awards, New York Film Critics Circle Awards, Satellite Awards, Boston Society of Film Critics Awards, San Francisco Film Critics Circle…). A interpretação de Hawkins é natural e sincera; a personagem não somente não é forçada como não força ninguém a ser como ela é.
É preciso perceber, e isso fica bem claro durante o decorrer do excelente filme, que toda a alegria de viver da professora não significa que ela não tenha seus próprios momentos de reflexão a respeito dos acontecimentos; por mais que pareça, Poppy não é uma tola, e isso fica mais evidente nos diálogos dentro do carro em que aprende a dirigir (Eddie Marsan, o professor, merece destaque).
Acredito, portanto, que o “simplesmente” do título em português simplifique de forma incorreta a protagonista. Mas o espectador vai enxergar a personagem de acordo com suas próprias vivências. Como deve ser.
Não chega a ser um bom filme. Esperava mais da estória. Acho que o título engana muito, levando a crer que o filme tem um fundo positivo. Se os problemas passados pela protagonista (Sally Hawkins) tem alguma relevância, acho que o roterista deveria ter se interado mais das “dores do mundo”. Para ingles ver.
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Retrospectiva 2009: Parte 2 « Sociedade Brasileira de Blogueiros Cinéfilos said this on novembro, 27 2009 às 5:06 pm |