[Resenhas] Chamada de Emergência
O trunfo de “Chamada de Emergência” é apostar na simplicidade. O diretor Brad Anderson não ficou encegueirado por fazer um thriller “daqueles”, nem caiu no mal gosto do terror gratuito ou do drama psicológico desmedido. Um roteiro sem grandes firulas, sem situações inexplicáveis, basicamente (con)centrado na grande sala do famoso 911 americano. Como o filme faz questão de frisar, o maior sofrimento de um atendente do serviço de emergência é não ter conhecimento sobre o que acontece depois de um atendimento. Mas e quando o final de um caso é trágico e notório, será que acaba causando traumas em quem acompanhou “tão de perto” (ainda que numa sala de controle) ?
Dizem que Halle Berry ainda está sob efeito da Maldição do Oscar… É fato que atriz fez algumas bombas depois que levou para casa a estatueta, mas neste “The Call” (título original) tem ótima interpretação. O filme traz também Abigail Bresslin, agora quase adulta, ótima atriz em qualquer papel. Michael Eklund faz o vilão e, embora pareça exagerado às vezes, é perfeitamente plausível.
Longe de ser um filme inesquecível, “Chamada de Emergência” consegue prender o espectador na cadeira e fazê-lo torcer pela resolução das situações, mais do que pelos personagens em si. O suspense se mantém até o final, mesmo com alguns clichês inevitáveis. Compre sua pipoca, prenda a respiração e, se puder, divirta-se.
Tommy Beresford