[Resenhas] Os Mercenários 2

Infinitamente melhor que o (sofrível) primeiro filme, “Os Mercenários 2” acerta ao sair da estética “vamos falar de uma América Latina pobre usando um monte de clichês e filmando em um país dizendo que é outro” e, num tom mais “quebra tudo” (literalmente), ao partir para um roteiro onde os personagens fazem graça de si mesmos. O excesso é o mais natural nesta sequência: muito tiro, muito sangue, muito “eu não acredito”, um monte de aspas inclusive nesta resenha — mais ação, principalmente, ainda que haja alguns momentos “precisamos encher linguiça para dar uma hora e meia de película”. Funciona.

O filme já começa com uma sequência no melhor estilo James Bond de ser, mas sem a elegância do agente secreto, claro: Sylvester Stallone (que assina o roteiro com Richard Wenk) está cada vez mais bizarro como Barney Ross. Infelizmente Jet Li quase não aparece desta vez, mas há astros especialmente convidados que brilham intensamente: no momento em que Chuck Norris entra em cena (com sua barbicha característica da mesma cor que nos velhos tempos), o espectador pula na cadeira. Bruce Willis rouba as poucas cenas em que aparece, e Jean-Claude Van Damme faz um vilão com maestria.

O trunfo do filme, portanto, é ter um elenco de estrelas que brincam com si próprios em meio a inacreditáveis acontecimentos, no mais popcórnico “caramba, eles tem uma mira perfeita e os vilões não acertam nenhum !”. Quer mais entretenimento do que isso ? O grupo ainda conta com Jason Statham, o inacreditável Dolph Lundgren, Terry Crews e Randy Couture, que já estavam no primeiro filme, além de Liam Hemsworth, Yu Nan e, claro, Arnoldão Schwarzenegger.

Por falar no eterno “Terminator”, há as sacadas que em geral não são transpostas para as legendas: fique atento às falas originais em inglês. Compre sua pipoca e (apenas) divirta-se.

Tommy Beresford

~ por Tommy Beresford em setembro, 06 2012.

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