[Resenhas] O Leitor
“O Leitor” é um dos melhores filmes em cartaz dentro da safra do Oscar 2008/2009. Um filme difícil, de certa forma pesado pela temática, mas o fato é que Stephen Daldry (dos excelentes “Billy Elliot” e “As Horas”) pegou um roteiro que não chega a ser uma maravilha e, com uma excelente direção de atores emoldurada por uma fotografia eficiente e uma ótima trilha, dá ao espectador no fundo no fundo um grande filme de amor que não cai na pieguice mas emociona de montão.
Embora tenha concorrido a (e vencido) diversos prêmios como coadjuvante, para mim Kate Winslet é a protagonista não somente do filme mas de uma das categorias mais complicadas do Oscar este ano, a de Melhor Atriz (aliás, pra variar: desde que eu acompanho o Oscar, em geral Melhor Atriz é uma das mais difíceis em disputa). E Winslet merece a estatueta tanto por sua Hanna quanto por seu papel em “Foi Apenas um Sonho“, pelo qual poderia (e deveria) ter sido indicada também.
Kate, por sinal, mostra-se a cada filme uma atriz que domina plenamente a arte de interpretar. Só saberemos se a atriz está no auge de sua carreira daqui a algumas décadas, mas ela merece o prêmio por estas duas interpretações magníficas. No caso de “O Leitor”, já bastaria a “cena da mesa 4”, mas Winslet dá show em todas as suas cenas, em especial na primeira metade do filme. Vale lembrar que o papel poderia ter sido de Nicole Kidman ou de Juliette Binoche: Kate declinou do papel por causa justamente de “Foi Apenas um Sonho”, o diretor tentou Kidman (envolvida com “Australia”), depois Binoche, mas com o atraso das gravações acabou tendo finalmente a atriz desejada no papel. Grande acerto.
A química de Kate com o ótimo David Kross seduz também o espectador. Tanto Kross, que faz o personagem Michael quando jovem, como Ralph Fiennes emocionam em excelentes atuações. Observe também a sumida Lena Olin. O filme perde um pouco quando entra na fase tribunal, mas de resto não deixa o espectador fugir do foco. E levem seus lenços, vale o ingresso.
Kate Winslet é uma deusa. E cara, eu também NÃO gostava dela na época de Titanic! Pois o mundo dá voltas…
Abração cara! Continue com o ótimo trabalho.
gabrielrpsteven said this on fevereiro, 18 2009 às 3:45 pm |
Eu gosto do filme, especialmente na primeira parte, justo por essa química perfeita entre a Kate Winslet e o David Kross. Ainda que seja outro acerto do Daldry, o roteiro é falho em muitos pontos e por isso não merecia tanto reconhecimento por parte da Academia.
Vinícius P. said this on fevereiro, 18 2009 às 10:23 pm |
Eu achei um ótimo filme. Claro, um roteiro adaptado, de um romance de sucesso, sempre fica um pouco pelo caminho. Acho que Kate Winslet leva o Oscar pra casa, pelo conjunto de acertos em 2008. No mais, é um filme muito sensível que nos faz refletir sobre a responsabilidade de amar.
Cezar Araujo said this on fevereiro, 19 2009 às 11:58 pm |
Muito bom filme. Realmente Winslet vem se destacando com papéis acertados e atuações das melhores. A direção de Daldry é ótima e o início do filme, realmente lindo. A questão da “culpa alemã” ficou meio de lado, mas é importantíssima ainda hoje, e difícil de ser compreendida por quem está de longe. Só acho que me emocionei demais… 🙂
Malice Miller said this on março, 07 2009 às 6:06 pm |
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