[Resenhas] As Duas Faces da Lei
As maiores ressalvas a respeito de “Righteous Kill” são bem claras para quem assiste: falta ritmo e falta suspense. Um capricho maior nas doses de adrenalina na maneira de contar o enredo — melhor na intenção do que na realização –, acompanhados de uma trilha sonora mais forte, poderiam transformar o filme de Jon Avnet numa das melhores produções do ano, mas o diretor do excelente “Tomates Verdes Fritos” não conseguiu.
Nem o título em português ajuda: “As Duas Faces da Lei” já foi usado no filme “Gang Related”, de 1997, com James Belushi e Dennis Quaid, além de remeter ao bem melhor “As Duas Faces de Um Crime” (“Primal Fear”), de 1996, com Richard Gere e um Edward Norton excepcional em início de carreira.
Não que seja um filme ruim: não é. A história é interessante e o desfecho é para muitos surpreendente, embora até pudesse ter sido descoberto por muitos espectadores caso estes tivessem sido “capturados” de forma mais eficiente pela trama.
Robert De Niro e Al Pacino, com John Leguizamo e Brian Dennehy na retaguarda, formam um elenco pra ninguém botar defeito. Mas somente Pacino brilha, os demais têm interpretações tão burocráticas quanto o filme, e Donnie Wahlberg é totalmente desnecessário no filme. Destaque para o personagem de 50 Cent e… e mais nada. Pegue uma sessão com desconto e veja o filme, mas não espere muito mais que uma boa oportunidade para comer um pacotão de pipocas.
~ por Tommy Beresford em outubro, 21 2008.
Publicado em Cinema
Tags: 50 Cent, Al Pacino, As Duas Faces da Lei, As Duas Faces de Um Crime, Brian Dennehy, Dennis Quaid, Donnie Wahlberg, Edward Norton, Gang Related, James Belushi, John Leguizamo, Jon Avnet, Primal Fear, Richard Gere, Righteous Kill, Robert De Niro, Tomates Verdes Fritos
Realmente, achei o filme mediano, tendo a virtude de apenas unir os dois atores. Mas fazer isso sem um bom roteiro e sem uma boa direção é bobagem. Me surpreendi com o final e acho que de Niro fez muito bem seu papel, mas ambos parecem que fizeram dois personagens: de Niro, um truculento policial durante todo o filme e um ótimo negociador ao final; Pacino, um gozador, brincalhão e esperto e, ao fim, um psicótico de primeira. Não houve “blends” entre as facetas, o que deixa a gente meio triste, sabendo que ambos têm o poder de encarnar personagens complexos com facilidade.