[Resenhas] Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada
É impressionante como o péssimo cartaz (ao lado), o desastrado título em português e boa parte da propaganda em torno de “Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada” vende o filme de forma completamente errada, enganosa mesmo. Fica parecendo que é uma “comédia besteirosa” ou um pastelão descerebrado, como se o personagem de Steve Carell fosse um bobalhão que, por acaso, se apaixona pela namorada do irmão. Nada disso é verdade, nem mesmo essa última parte.
O filme é excelente, e bem mais suave que o errôneo rótulo de “comédia” pode sugerir. É ótimo ver Juliette Binoche linda e talentosa numa personagem leve em meio a confusões amorosas. É ótimo rever a fantástica Dianne Wiest, com direito a coadjuvantes – entre adultos e crianças – bastante competentes em seus papéis.
Melhor ainda é assistir a Steve Carell: o ótimo ator, subestimado por muitos, consegue emocionar o espectador construindo com delicadeza um protagonista atormentado pela mistura de sentimentos, levando lições diretas e indiretas dos mais velhos e dos mais novos e sofrendo pelo amor que, como sabemos, muitas vezes chega repentinamente, quando menos esperamos.
Destaque para a sequência inicial na livraria e a química entre Carell e Binoche. Com ótima trilha, é um filme leve, despretencioso e muito bom de se assistir, não perca.
O filme é bom, o título é péssimo. Nada a ver.
Também acho que o Steve Carell está num dos seus melhores momentos, pena que não foi reconhecido por esse trabalho – ao menos uma indicação ao Globo de Ouro.