[Resenhas] Sherlock Holmes

Elementar, meu caro cinéfilo ? Nem tanto. Há quem esteja chamando o filme de Guy Ritchie de “Sherlock Bond” ou de “Moulin Holmes”, tal a quantidade de cenas de ação (daí a referência a 007) e toda a ‘rapidez’ das cenas (Moulin Rouge-like) da versão mais recente de “Sherlock Holmes”. Houve até quem dissesse que a influência frenética da ex-esposa não foi boa para o diretor (para quem não lembra, Guy Ritchie foi casado com a cantora Madonna). E há quem diga que de Arthur Conan Doyle o personagem cinematográfico quase não tem nada, do que discordo.

Nada a ver, pois a essência da inteligência de um dos detetives mais famosos de todos os tempos (junto com o grande Hercule Poirot, claro) está lá, firme e forte, na intepretação afiadíssima do mais uma vez excelente Robert Downey Jr, premiado no Globo de Ouro 2009/2010. Downey Jr é o que mais importa no filme, apesar do também ótimo Watson de Jude Law. Mas há cenas memoráveis, como a da explosão que quase derrota fatalmente a ambos e também à personagem de Rachel McAdams.

Com ótimos diálogos, um inteligente uso da câmera lenta, excelente fotografia numa bela reconstituição de uma Londres perdida num passado nem tão distante assim, “Sherlock Holmes” é uma excelente pedida. E felizmente a estreia logo após o megablockbuster “Avatar” não derrubou o filme nas bilheterias: até o momento desta resenha, já tinha arrecadado cerca de 400 milhões de dólares no mundo inteiro.

Tommy Beresford

~ por Tommy Beresford em janeiro, 28 2010.