[Resenhas] Diversos filmes de 2023

Além das resenhas “grandes” para alguns entre as dezenas de filmes assistidos por mim em 2023…

Babilônia [janeiro]
Tár [fevereiro]
Velozes e Furiosos 10 [maio]
A Pequena Sereia (2023) [maio]
Barbie [julho]
Vermelho, Branco e Sangue Azul [agosto]
A Noite das Bruxas [setembro]
Nosso Sonho: A História de Claudinho e Buchecha [outubro]

… também teci pequenos comentários nas redes sociais sobre filmes diversos.

[Update 01.01.2024 – Minha lista de melhores filmes de 2023 pode ser consultada clicando aqui]

É importante frisar que estes pequenos textos foram escritos na época, logo após sair do cinema, portanto algumas referências (como as das expectativas para o Oscar) são datadas:

— A BRIGADA DO CHEFE [janeiro]

Primeira grande joia do ano novo. Que coisa boa assistir a este filme. Já comecei bem minha lista de Melhores de 2023.

— PINÓQUIO, POR GUILLERMO DEL TORO [janeiro]

“Pinóquio, por Guillermo Del Toro” é emocionante, e me obrigou a alterar minha lista de Melhores de 2022. Mas veja também o curta que conta como o filme foi feito, please. Netflix.

Favorito ao Oscar 2022/2023 de Melhor Filme de Animação.

— O PIOR VIZINHO DO MUNDO [janeiro]

Eu li o livro original anos atrás (“Um Homem Chamado Ove”), mas não cheguei a ver o filme de 2015. A adaptação atual, de 2022, está atualmente nos cinemas, e teve sua trama atualizada. Mais um show de Tom Hanks e, embora a plateia dê boas risadas, não é uma comédia, é um drama extremamente tocante. Chorei baldes. Destaque para Mariana Treviño, espetacular. Recomendo imensamente.

— I WANNA DANCE WITH SOMEBODY [janeiro]

O grande acerto do filme foi ter aproveitado “de show o que é de show”, “de TV o que é de TV”: utilizando os áudios específicos dos momentos ímpares, o filme deu oportunidade à atriz de se dedicar a estudar cada minúcia para reproduzir cada gesto, olhar e boca em cada uma dessas apresentações, e ela foi muito bem sucedida. Começa muito forte, depois amorna e refogueteia no final. Chorei baldes em vários momentos e, claro, minhas duas canções favoritas estão lá, e abrem e fecham o filme: o número inicial fulminante e o emblemático momento final. Uma emocionante cinebiografia para uma cantora insuperável e incopiável. Viva Whitney.

Ah: um filme para assistir no cinema.

— OS FABELMANS [janeiro]

Emocionante. E com Michelle Williams, essa atriz impressionante.

— MEGAN [janeiro]

Se tem algo que não costumo fazer é gastar dinheiro com filme de terror, a não ser com raras exceções fora da casinha. Apostando no apelo tecnológico, considerei que este seria o caso e, mesmo temendo um “M3gan is the new Chuck”, acabei conferindo, e não me arrependi, dei sorte. Um terror que, apesar dos excessos e praquêissos naturais do gênero, faz sentido. Valeu o ingresso.

— OS BANSHEES DE INISHERIN [fevereiro]

A plateia ri durante a exibição. Gargalha. Mas “Os Banshees de Inisherin” é um filme tristíssimo: um excelente filme triste. Colin Farrell, Kerry Condon, Brendan Gleeson e Barry Keoghan brilham intensamente, muito mesmo; os quatro são candidatos ao Oscar, os dois primeiros têm boas chances de levar em duas categorias das mais disputadas dos últimos anos. Um grande filme, um belo filme triste sobre solidão, perspectivas, expectativas e o que se enxerga sobre a vida em meio aos parâmetros com os quais podemos lidar. Ou não.

— BATEM À PORTA [fevereiro]

M. Night Shyamalan tem um grande talento: escolher histórias ruins para fazer filmes ruins. Ele um dia filmou uma ou outra exceção, é fato, mas o sarrafo é bem baixo. Este “Batem à Porta” nem é dos piores mas… vamos combinar? Aff.

— PEARL [fevereiro]

“Pearl” é um excelente filme. Um excelente filme de terror, é bom que se diga: terror, terror, terror, com sangue e aquelas coisas todas, mas sem ser gratuito e com uma excelente história.

Junto com Michelle Yeoh (“Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”) e Cate Blanchett (“Tár”), não sinto a menor hesitação em afirmar que Mia Goth faz uma das melhores interpretações da temporada, mas vocês não estão preparados pra isso. Melhor Atriz no Hawaii Film Critics Society e indicada a diversos outros prêmios, Mia não foi indicada ao Oscar, mas merece meu respeito por uma performance tão admirável por um filme de terror, terror, terror.

— HOMEM-FORMIGA E A VESPA: QUANTUMANIA [fevereiro]

Vamos combinar? O filme é dela, né? Mesmo não sendo oficialmente a protagonista.

E tem 2 cenas adicionais, já vou avisando.

— A BALEIA [fevereiro]

“A Baleia” é um dos filmes mais tristes que eu já vi na minha vida. É o “filme da vida” de Brendan Fraser, que merece todos os muitos prêmios de Melhor Ator que já levou, mesmo que não ganhe o Oscar (é o segundo favorito, atrás de Colin Farrell). Na categoria mais difícil do Oscar dos últimos anos, uma extraordinária Hong Chau conseguiu desbancar Kerry Condon (de “Os Banshees…”) da minha preferência, entre 7, 8 interpretações extremamente marcantes das coadjuvantes nesta temporada. É preciso citar o trabalho impressionante de Sadie Sink (de “Stranger Things”) e, claro, a pequena mas necessária participação da sempre incrível Samantha Morton.

— NADA DE NOVO NO FRONT [fevereiro]

Um dos melhores filmes da safra do Oscar, disponível na Netflix. Para quem gosta de filmes de guerra, e para entender e lembrar da idiotice humana.

— TRIÂNGULO DA TRISTEZA [fevereiro]

A primeira parte “chatona” de “Triângulo da Tristeza” — incluindo a cena “chatona” do jantar — é subliminarmente explicada nas partes seguintes. Um filme lokotosko que faz todo o sentido na sua foradacasinhice — há um [spoiler] bem interessante em meio ao que aparentemente é puerralokice. Mas não perdoo estar indicado ao Oscar de Melhor Filme no lugar de “Babilônia”, ainda que “Triângulo da Tristeza” tenha ganho a Palma de Ouro em Cannes. Uma montanha russa de emoções e reflexões.

Em tempo: Dolly de Leon é a dona da p*rra toda. Por sua conta e risco.

Update – Pode parecer que não, mas eu gostei bastante do filme. Só não é normal.

— ENTRE MULHERES [março]

“Entre Mulheres”. Que elenco. Que roteiro. Que filme.

E tudo parece tão 1810… mas quando você se dá conta…

Que elenco.

E Jessie Buckley. E Claire Foy. E Rooney Mara.

— CLOSE [março]

A temporada 2022/2023 do Oscar é muito boa. Muitos filmes ótimos. E alguns filmes tristes. Candidato a Melhor Filme Internacional, “Close” é disparado o mais triste de todos. Lindo, simples e franco. E muito triste.

Não chorei baldes, chorei tonéis.

— 65: AMEAÇA PRÉ-HISTÓRICA [março]

EXPECTATIVA
Terminar o dia no cinema com um filme bem leve e nonsense: dinossauros, meteoros, mentirada, tiro, porrada e bomba.

REALIDADE
Filme de relação pai e filha.

Hollywood me engana. Assim não dá.

— SHAZAM: FÚERIA DOS DEUSES [março]

Vamos aos fatos:

– Obviamente Jack Dylan Grazer continua sendo o melhor de todos disparado, mas vocês não estão preparados pra isso.

– A aparição da “cena derradeira”, quase no final do filme, é simplesmente daquelas que a gente não sabe porcausdiquê está de boca aberta. Com o coração acelerado, claro. #LoveLoveLove

– Sim, tem cenas adicionais. Duas.

– A espectadora da poltrona H12 se enfiou dentro do seu próprio moletom (daqueles que cabem três pessoas e um cachorro dentro) e dormiu em seu casulo durante o filme inteiro.

— JOHN WICK 4 [março]

“No que se refere a johnwick e balas infinitas” é um baita filme. Pelo menos três sequências são arrasadoras: a “carteado na boate”, a “rolezinho no arco” e “voando sobre o casarão”. Hiper mega violento, mas excelente. Keanu dá a impressão que pode fazer isso até os 90, e acho que na sequência “de lá pra cá da escadaria” ele, de certa forma, brinca com isso…

E tem Paris em toda a sua glória.

Ah, e tem cena adicional. Apesar de.

— SOMBRAS DE UM CRIME [abril]

Liam Neeson sendo Liam Neeson mais uma vez. É bom, mas desnecessariamente confuso e não tem o tom “quem é o culpado?” com o qual tem sido vendido. Nos cinemas.

— O URSO DO PÓ BRANCO [abril]

Vale somente pela excelente direção de Elizabeth Banks. É o último filme de Ray Liotta. Um terror pesado e bizarro recheado de terrir, mas baseado numa história real igualmente bizarra.

— RRR: REVOLTA, REBELIÃO, REVOLUÇÃO [abril]

Quem aceita de bom grado as bobajadas guerrilhéricas do (excelente) John Wick 4… também tem que aceitar de bom grado as bobajadas guerrilhéricas do (excelente) “RRR: Revolta, Rebelião, Revolução”. Um espetáculo, direção fenomenal e aquela coisatoda que só o cinema indiano nos proporciona. Oscar de Melhor Canção e vencedor de inúmeros prêmios de Melhor Filme Internacional. Só vi hoje, finamente. Colossal.

— AIR [abril]

Não levei muita fé, mas é um ótimo filme. Matt Damon, em estado de graça, e uma Viola Davis cirúrgica protagonizam a melhor cena do longa, logo em seu primeiro encontro. Mas precisamos falar de como Jason Bateman nos dá uma interpretação primorosa, roubando com sutileza todas as cenas: monstro.

— DESEJO PROIBIDO [abril]

Esperava que não fosse, mas… 3/4 de um pornozinho polonês, bem ruinzinho por sinal. Melhora um pouquinho no final – só pra rimar.

— NINGUÉM É DE NINGUÉM [abril]

Já vi filmes espíritas excelentes no cinema. Não é o caso deste. Uma “primeira parte” loooooongaaaaa e muito ruim, até chegar numa meia hora final razoável mas com exageros inaceitáveis.

Vale pelos protagonistas, aliás produtores do filme.

— DUNGEONS AND DRAGONS: HONRA ENTRE REBELDES [abril]

Diversão divertida que diverte. E obviamente Justice Smith rouba todas as cenas.

— RENFIELD: DANDO O SANGUE PELO CHEFE [abril]

Um terrir-trash sanguinolento, tão somente isso. Nicholas Hoult e Nicholas Cage estão ótimos, mas é a sempre brilhante Awkwafina que tem o filme todinho pra ela.

— BLONDE [maio]

Achei cheio de “conceitos estéticos” demais, cansativo, cruel e por diversas vezes grosseiro. Salva-se a interpretação brilhante de Ana de Armas, indicada ao Oscar, ao Globo de Ouro, ao Screen Actors Guild e ao Bafta.

O filme, por sua vez, foi vencedor do Framboesa de Ouro de Pior Filme e Pior Roteiro.

— GUARDIÕES DA GALÁXIA VOLUME 3 [maio]

Claro que eu chorei nos 5 minutos finais.

(Claro que tem 2 cenas adicionais, claro que desnecessárias)

— DO JEITO QUE ELAS QUEREM: O PRÓXIMO CAPÍTULO [maio]

Quatro por quatro.

1. Típico filme “pra levantar astral”: leve, divertido e nada mais que isso.

2. Um “filme de Paulo Coelho” sem ter nada a ver com Paulo Coelho. Ou não. Só vendo pra entender.

3. Encontrei na saída Mãe Dinah Beresford, que disse que teve Um Pressentimento Funesto sobre uma das atrizes. Espero que “ela” esteja errada.

4. Jane Fonda foi, é e sempre será uma de minhas atrizes favoritas forever, uma das maiores da história do cinema americano.

— HOMEM-ARANHA ATRAVÉS DO ARANHAVERSO [maio]

Simplesmente maravilhoso.
Simplesmente sensacional.
Simplesmente tudo.

E, por favor, PELAMORDEDEUSNOSSOSENHOR, assista DUBLADO. Além de nossos excelentes dubladores e do pique feérico, você NÃO PODE perder um segundo, um fotograma, uma referência por causa de uma legenda.

— THE FLASH [junho]

Sempre gostei do The Flash. Ezra Miller está duplamente fabuloso, é um grande filme, mas só há uma palavra para resumir um filme que poderia também se chamar “The BatmEn”…

NICOLAS !!!!!

Gritei no cinema.

— INDIANA JONES E A RELÍQUIA DO DESTINO [agosto]

Tá tudo aí. Inclusive a hora em que a gente levanta e grita.

beeeeeerrrroooo

Maravilhoso.

— OPPENHEIMER [agosto]

Um grande filme, mais um excelente da filmografia de Christopher Nolan. Um som espetacular e um elenco avassalador que inclui sensíveis interpretações de Matt Damon, Florence Pugh, Emily Blunt, Kenneth Branagh, Rami Malek, entre muitos outros maiores e menores papéis. Um show do sensacional Cilian Murphy, numa interpretação notável e emocionante, e (finalmente) um papel à altura do talento de Robert Downey Jr, soberbo, ambos dignos de Oscar.

O filme tem momentos que me causaram êxtase, e seu único porém, mas que não compromete a qualidade final, é a verborragia na tentativa de tornar – entre a Física e a Política – tudo excessivamente bem explicado, especialmente na primeira metade das longas 3h de filme.

Recomendo imensamente.

— MISSÃO IMPOSSÍVEL: ACERTO DE CONTAS PARTE 1 [agosto]

Não tem jeito. No que se refere à cuestão a nível de “Filme de Ação”, a franquia “Missão Impossível” é im-ba-tí-vel. “Ainnnnn mas é tudo efeito especi”CALAESSABOCA que você não nasceu ontem, queria o quê, um trem descarrilhando ou a destruição de cidades históricas? Talvez este “Acerto de Contas Parte Um” seja o mais espetacular de toda a série – eu disse talvez. Pra quem curte, IMPERDÍVEL.

— ASTEROIDE CITY [agosto]

Seu Jorge!
[pausa de separação]
#ChupaMarquezine

— A ERA DE OURO [agosto]

Não chega a ser excelente, mas empolga e emociona.

— BESOURO AZUL [agosto]

Adriana Barazza rouba todas as cenas, evidentemente. Mas gostei bastante de Bruna Marquezine: mais do que "uma brasileira em Hollywood falando em inglês", ela faz uma interpretação genuína (e brasileira) que não merece as críticas que, por despeito e preconceito, vem recebendo.

É um "entretenimento de heróis" razoável, e não mais que isso, e que tem duas cenas adicionais (e a primeira é importante).

— DRÁCULA: A ÚLTIMA VIAGEM DO DEMETER [agosto]

Bem…
Well…

A crítica detestou, mas eu gostei… não é nada demais, mas não é nada de menos. Para nervos fortes, e não é o Drácula do Nicolas Cage (também recente)…

— OS MERCENÁRIOS 4 [setembro]

Queriam fazer um filme de ação engraçado mas só conseguiram uma comédia ruim.

Vale pelo ar condicionado, pela cena da moto e pelo patético final de carreira de um patético e canastrão Andy Garcia.

— ESTRANHA FORMA DE VIDA [setembro]

O curta (de 30min) é ótimo. A entrevista que vem logo após (de 45min) é simplesmente apaixonante. Almodovar segue genial, mesmo e inclusive quando se reinventa.

Mas vai ter gente que não vai gostar, porque vai querer “a volta do Almodovar clássico”, coisa que ele nunca foi.

— JOGOS MORTAIS X [setembro]

Talvez seja um dos melhores motes da saga (embora o filme não chegue aos pés dos primeiros). E é aquela carnificina de sempre, sangue, corpos cortados, etc. Atenção: pela primeira vez, tem uma cena adicional.

— O PROTETOR: CAPÍTULO FINAL [outubro]

Achei apenas desnecessário. Queria ter gostado mais.

— MEU NOME É GAL [outubro]

Saindo com raiva do cinema. Chorando de raiva. E isso é extremamente raro pra mim. ☹️😭😡

PS.: a culpa NÃO é da Charlotte.

— ÂNGELA [outubro]

Apesar da locação modificada, um bom filme. Isis está brilhando.

— ASSASSINOS DA LUA DAS FLORES [outubro]

Um espetáculo. Scorsese é o cara.

Os personagens de DeNiro e DiCaprio são bem “atuais e conhecidos”, digamos. Ambos estão espetaculares.

E Lily Gladstone… um escândalo.

— ELIS & TOM – SÓ TINHA QUE SER COM VOCÊ [outubro]

Obrigatório.
Obrigatório.
Obrigatório.

Eu veria 50 vezes.
Eu choraria 500 vezes.
Eu ficaria 5000 vezes hipnotizado com aquela mulher cantando Céu & Mar de blusa azul de manga comprida.

Eu já disse que é obrigatório?

Deveria ser exibido em todas as escolas, antes de iniciada qualquer turnê.

Obrigatório.

E eu poderia ficar falando indefinidamente sobre “Elis & Tom”.

E eu não sei o que vou conseguir fazer mais hoje depois disso.

“Porque foste em minh’alma
Como um amanhecer
Porque foste o que tinha de ser”

— O PROPRIO ENTERRO [outubro]

Um bom “filme de tribunal”, que poderia ser ótimo se não fosse uma certa crise de identidade do roteiro. Ótimas interpretações e o “rapazote” de Curtindo a Vida Adoidado me dando susto. No Prime.

PS.: precisamos conversar sobre quem escolheu o título em português… que é pior que o título original, by the way.

— FIVE NIGHTS AT FREDDY’S [novembro]

Eu, que nunca gostei de filme de terror, tenho dado sorte. Um bom filme.

— MUSSUM, O FILMIS [novembro]

Um grande filme, delicioso.

Yuri Marçal incrível, Neusa Borges emocionante. Chorei com Cacau Protasio, uma grande atriz em papel dramático, é bom ressaltar. É preciso citar também Felipe Rocha como Dedé Santana, o elenco todo é ótimo.

Ailton Graça… Ailton Graça é simplesmente um dos maiores atores deste país. Mais uma vez magnífico, mais uma vez, mais uma vez. Um espetáculo.

— AS MARVELS [novembro]

Esqueçam formigas e vespas. Agora temos… gatinhos (protagonistas da melhor cena do filme, ao som de “Memory”).

E é óbvio que eu quero morar em Aladna. Óbvio.

E a cena adicional…

Em tempo: “oh, captain, my captain”… eu gritei, óbvio.

— JOGOS VORAZES – A CANTIGA DOS PÁSSAROS E DAS SERPENTES [novembro]

O melhor da saga, sem dúvida.

E, em tempos de “realities” e “guerras”, com aspas mil, bem a calhar, ainda que ficção, ilusão, entretenimento.

(E tem Peter Dinklage e Viola Davis…)

— CASAMENTO GREGO 3 [novembro]

Quantos filmes LEVES e divertidos foram lançados em 2023? Quase nenhum.

“Casamento Grego 3” é delicioso. A fórmula é a mesma, o elenco é o mesmo, a história é simples, despretensiosa e… leve.

Uma lufada de prazer num mundo tão pesado. Poderia ver 30 vezes.

E eu sou apaixonado por Nia Vardalos. Acho ela maravilhosa, talentosa… E linda.

— NAPOLEÃO [novembro]

Mais do que sobre Napoleão, é sobre guerra e, nesse quesito, cumpre seu objetivo. Um ótimo filme com um ótimo Joaquim Phoenix.

Mas a “parcela Josephine” é maior que tudo. Uma Vanessa Kirby arrebatadora. Pra mim, a indicação do Oscar é dela.

— MONSTER [dezembro]

Grande filme.

Melhor roteiro em Cannes 2023, somos levados por vários caminhos e conjecturas. Um filme sobre medos, reputações, culpas e, principalmente, sobre perspectivas: quem vê, o que vê, como vê; quem entende, o que entende; como entende.

Grande filme.

— WONKA [dezembro]

Chalamet brilha (comentário sempre pessoal: como sempre); acredite ou não, ele está mais numa vibe Wilder-1971 do que Depp-2005… ainda bem. Já Hugh Grant deveria roubar a cena, mas tá meio de má vontade.

É lindo, trilha sonora exuberantemente adequada ao filme, elenco coeso… Amei.

— O SILÊNCIO DA VINGANÇA [dezembro]

Embora não fuja da linha de outros filmes que já dirigiu, John Woo inicia “O Silêncio da Vingança” com o ótimo atrativo da dificuldade, onde a trilha (de Marco Beltrami, excelente) e os efeitos sonoros são imprescindíveis, totalmente protagonistas. Mas Woo exagera nos clichês do gênero e consegue o feito de ir estragando o filme a cada minuto.

A “parcela do detetive” é simplesmente ridícula, o final é patético e espero que Catalina Sandino Moreno tenha levado um bom cachê para ter valido a pena este desperdício.

— AQUAMAN 2: O REINO PERDIDO [dezembro]

Parece uma colcha de retalhos de pitadas (não muito adequadas) de filmes dos mais diversos… Avatar, Indiana Jones, FormiguinhaZ, Olha Quem Está Falando, Sitio do Pica-pau Amarelo, Star Wars e Nazaré Tedesco.

Salva-se mesmo, e como sempre, o inacreditável Momoa – embora nem ele mesmo acredite no que está acontecendo.

— MINHA IRMÃ E EU [dezembro]

Algumas sacadas ótimas, algumas sequências que valem o ingresso, mas também alguns momentos constrangedores e algumas piadas bem ruins.

O destaque sem dúvida é o elenco. Ingrid Guimarães está sempre bem, e menção honrosa para as pequenas participações de Marcelo Laham (perfeito como o delegado) e o veteraníssimo Antônio Pedro, falecido em março de 2023, em sua última aparição no cinema. E não percam os erros de gravação.

Vocês podem não gostar dela, mas Tatá Werneck é sem dúvida o ponto alto do filme. No que se propõe a fazer, é única e impressionante. Tatá brilha intensamente.

— SALTBURN [dezembro]

Barry Keoghan é um monstro. Já havia brilhado (e concorrido ao Oscar, em março de 2023) por “Os Banshees de Inisherin”. Agora, acabou de ser indicado ao Globo de Ouro: ele arrebenta em “Saltburn”, um filme mais perturbador do que ousado (como vem sendo “classificado”), com excelente direção de arte e fotografia, da mesma autora do também perturbador “Bela Vingança” (Emerald Fennell, vencedora do Oscar de Melhor Roteiro Original anos atrás). Recomendo, mas não é um “entretenimento”, por sua conta e risco.

~ por Tommy Beresford em dezembro, 31 2023.

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