[Resenhas] Círculo de Fogo
Tenho fugido das resenhas sobre filmes de ação e aventura basicamente porque… não tenho gostado muito de quase nenhum dos últimos filmes de ação e aventura. Em 2013 houve poucas boas exceções. E uma boa surpresa: gostei de um que achava que iria detestar. “Círculo de Fogo“, apesar do ruim título em português, não chega a ser um filme a ser lembrado daqui a alguns meses, mas é bastante palatável apesar de toda a fantasia sci-fi a que se propõe.
Meu maior medo era que o filme do mexicano Guillermo Del Toro (sim, ele mesmo, do excelente “O Labirinto do Fauno”, além de “The Hobbit”, “Biutiful”, “Hellboy”, entre tantos outros) fosse uma mistura estranha de Godzilla com Transformers, ou de Ultraman (quem se lembra?) com Aliens em versão ultra mega power gigantesca. Mas a direção segura e as boas interpretações em um roteiro curiosamente simples dão força à grandiosidade das lutas no (pra variar) escuro 3D entre os caprichados Jaegers e os assustadores Kaijus, de sangue fosforescente.
Guillermo Del Toro não se preocupa em criar um filme-catástrofe, e foca bastante na direção de atores (que por sua vez dirigem os tais Jaegers), e isso ajuda a fazer com que o espectador não fique totalmente à parte da história. Todos os atores estão bem, mas a sempre ótima Rinko Kikuchi (de “Babel”) acaba ofuscando o protagonista Charlie Hunnam.
Há um núcleo mezzo-cômico, mezzo-caricato protagonizado por Charlie Day, Burn Gorman e Ron Perlman que, nas mãos de outro diretor, teria estragado o filme, mas funcionam bem, deixando o filme (e o público) respirar. Mas o grande destaque, de fato, é Idris Elba que, soberbo, faz com um pé nas costas o papel do Marechal Stacker Pentecost.
De resto, compre sua pipoca e vá se assustar sem grandes pretensões com este bom entretenimento.
Tommy Beresford
Cinema é Magia 
UFC GODZILLA!