[Resenhas] Gran Torino
Esteja em cena ou atrás das câmeras, Clint Eastwood sempre teve grandes acertos em sua (longa) carreira, incluindo seus últimos e premiados filmes, como “Menina de Ouro” e “A Troca”. Ainda assim, relutei muito em assistir a “Gran Torino”, talvez porque o trailer não tenha sido nada atraente, focando na violência pura e simples.
Pois o filme de Eastwood, ainda que tenha um tom “Dirty Harry” de ser, foca muito mais a dor do que a violência, muito mais o desamor do que a raiva, em torno do (pre)conceito das pessoas comuns (no foco, o modo americano de se relacionar com estrangeiros e os eternos guetos raciais). O personagem de Eastwood sempre achou que habitava por cima da carne seca da ética e dos valores, mas no final de sua vida percebe que o buraco é bem mais embaixo e bem mais repleto da realidade — cruel e bem presente — do que dos fantasmas do passado que ele teima em colocar debaixo dos tapetes de sua aparente força e dureza.
Não nos deixemos enganar pela nuvem de xenofobia que parece encobrir Kowalski no início do filme: há muito mais, e muito melhor, em meio a uma necessidade nada camuflada de exorcizar seus pecados. Eastwood levou o National Board of Review 2008 como melhor ator (e o roteiro também foi premiado), além do prêmio de melhor diretor no Hollywood Film Festival 2008, mas foi esnobado, injustamente, pelo Oscar 2008/2009. Ótimas atuações: me arrependo de não ter visto antes, é um filme excelente, um dos melhores do ano. Mais um grande acerto de Clint Eastwood.
É um grande filme, um dos melhores de Clint como ator e diretor. Muito sensível no que toca nas questões raciais e de como fazer para conviver melhor com esse fragelo que assombra a humanidade.
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Retrospectiva 2009: Parte 3 « Sociedade Brasileira de Blogueiros Cinéfilos said this on dezembro, 04 2009 às 8:16 pm |