[Resenhas] Avatar

Decidir assistir a “Avatar” durante as férias no exterior com som original em inglês e legendas em espanhol foi arriscado, mas deu certo. E só deu um charme maior à exibição.

Fala-se tanto na Magia do Cinema (e este singelo blog chama-se justamente “Cinema é Magia”) mas em geral associa-se a tal magia aos primórdios da sétima arte. A magia do cinema existe ontem, hoje e sempre, enquanto o espectador for “capturado”, encantado com o que pode ser exibido em uma sala escura numa tela branca. “Avatar” traz ao século 21 essa magia renovada e ampliada não somente por efeitos especiais bacanas, mas pela criatividade exacerbadamente tornada real na frente de nossos olhos (munidos de óculos 3D) em muitas sensações inexplicáveis.

Não bastasse o visual exuberante e os seres, natureza, plantas, impressiontantes animais criados com detalhado capricho, a história é excelente e bem contada. Muitos vêm referências a “Dança com Lobos”, “A Missão”… mas a Pandora de James Cameron é única: o mundo que o diretor imaginou tem vigor e uma alma que respira, vibrante. Os Na’Vi, o clã retratado no filme, são reais, ainda que criados por computação gráfica, pois no fundo representam muitos de nós.

Tão reais quanto os dilemas das cabeças terráqueas do ano de 2154. Teremos que explorar o espaço ? Teremos que interferir nas vidas alienígenas em busca de “novos ouros” ou combustíveis ? Haja o que houver daqui a 150 anos, será que aprenderemos algo que evite que nos tornemos apenas cruéis devastadores em busca do que nos dá poder ? Não sabemos, nem “Avatar” tenta respondê-lo. O filme, aliás, deixa várias perguntas no ar, mas torço para que não haja uma sequência ou um “prólogo”, ambos porém totalmente possíveis.

O mais importante: nem mesmo toda a exuberância — visual, cinética, em tantas dimensões — de “Avatar” se sobrepõe, em nenhum momento, ao verdadeiro valor da bela história filmada por James Cameron, a começar pelo herói cadeirante (interpretado por Sam Worthington) que descobre, entre erros e acertos, entre imaturidade e visão de futuro, que pode ir além de uma mera recuperação dos movimentos, passando pela belíssima forma de organização das vidas dos Na’Vi e sua Árvore da Vida, seus rituais, ideais, sua força matriz.

No mais, além da bela trilha, vale a menção para Stephen Lang, que interpreta um vilão daqueles que fazem o espectador sofrer. Sigourney Weaver renasce das cinzas, e é necessário valorizar todo o trabalho de preparação de atores (em especial dos que só aparecem nos traços azuis dos Na’Vi, como Zoë Saldana). Imperdível. Poderia escrever muito a respeito, mas é melhor (e obrigatório) assistir (preferencialmente em 3D, com legendas).

Tommy Beresford

~ por Tommy Beresford em janeiro, 25 2010.

4 Respostas to “[Resenhas] Avatar”

  1. Quando Titanic foi exibido, deslumbrei um marco na cinematografia dos efeitos especiais. Depois de Titanic qualquer filme poderia ser feito explorando o infinito dos efeitos digitais computadorizados. Treze anos depois, surge Avatar, do mesmo James Cameron, renovando os efeitos agora em 3D. É surpreendende e traz de volta ao cinema a magia dos antigos espetáculos, das matinées imperdíveis. E agora, o que posso esperar para o futuro? Não quero nem sonhar…

  2. Gostei muito de Avatar pela história, pela imaginação de Cameron, pelo bom cinema que ele sabe fazer enfim. Quanto ao 3D, achei expectativa demais para pouco. Nos traillers exibidos antes do filme, o efeito era muito mais interessante.

  3. nunca vi filme melhor do q esse, os efeitos espeçiais, nossa,sem comentarios .

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