[Resenhas] A Vida dos Outros
Vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro na entrega de 2007 e de inúmeros outros prêmios, infelizmente demorei a ir ao cinema para ver A Vida dos Outros (“Das Leben der anderen”), de Florian Henckel von Donnersmarck (também autor do roteiro, em seu quinto filme para o cinema depois de trabalhos diversos na TV). Talvez pela língua (sendo em alemão, as legendas são imprescindíveis). Mas antes tarde do que nunca: o filme tem texto, direção e atuações da melhor qualidade.
O espectador percebe que a produção é modesta, mas isso não faz com que o filme deixe de ser excepcional – muito pelo contrário, parece que dá mais veracidade às situações.
A história se passa em 1984, na Alemanha Oriental antes da queda do Muro de Berlim, mas tem tudo a ver com essa era modernosa de Big Brother: um funcionário do serviço secreto tem a função de espionar a vida de casal formado por uma atriz (que o fascina) e um autor de teatro que, como todo mundo naquele país, é suspeito de ser “do lado de lá”. Com o passar do tempo, o espião (interpretação arrasadora de Ulrich Mühe, que infelizmente faleceu poucos meses após o filme ser produzido) vai se envolvendo (literalmente) naquela relação, mudando sua maneira de ver o regime e revendo seus conceitos como pessoa e cidadão.
Mais que um quadro político (e, não, o filme não é político), “A Vida dos Outros” fala das contradições do ser humano, da patrulha ideológica e vigilância onipresente e do que isso causa no dia-a-dia das pessoas e, em especial, da solidão, que independe de regimes ou partidos e não cessa – talvez até se intensifique – por sabermos tudo sobre todos. Um grande filme.
Tommy Beresford
Em tempo: caso você tenha chegado aqui procurando alguma resenha crítica do filme para um trabalho escolar, lembre-se que o nome do autor e, em especial, o estilo de quem escreve fazem a grande diferença (e não enganam o professor, ainda que você mude uma parte ou outra do texto).
Um filme excelente. A estória nos conduz ao outro lado da intricada censura alemã, agindo para coagir cidadãos a aceitar um regime político prá lá de intimidante. Serve para refletir, principalmente no que acontece atualmente neste brasil de escutas clandestinas.
Excelente filme. Concordo que o aspecto modesto mais o valoriza e nos faz pensar como era viver numa Alemanha controlada ao extremo. Creio que menos do que se encantar com a vida dos que vigiava, penso que o Capitão da Stazi se decepcionou quando percebeu que “o sistema” poderia ser o instrumento do desejo de pessoas (no caso, o Ministro), mais do que do próprio sistema.
O núcleo da história é a meneira como se constitui e o desfecho da relação consituida entre os três mais importantes personagens. Parece destacar a capacidade de crítica e ação humanas em ambientes hostis a esse tipo de conduta. As luzes, as cores, as roupas das personagens, o tom de pele, a representação da comida, as formas de lazer apresentadas, o modo como o próprio espião caminha e se expressa, principalmente diante dos funcionários do serviço de espionagem passam a imagem de um país estéril e seco, sem vida ou sentimentos humanos´… contra esse ambiente são lançadas as atitudes coordenadas do poeta, do escritor e da atriz. Essas atitudes, por sua vez, difentes do comportamento de quem não se sente completamente insatisfeito com o regime, são apresentadas como humanas por excelência, envolvendo sexo, soliderariedade, choro, capacidade de se por no lugar do outro, medo etc… assim o que temos é a mensagem de que as pessoas sempre têm a capacidade de tomar certas atitudes num ambiente ou momento hisstórico em que a doutrinação, a propaganda política, a repressão policial, o terror, a tortura e etc procuram diminuir ao máximo qualquer tipo de resistência
Um homem bom, também poderia se chamar este filme. ou como a literatura pode subverter as pessoas.
o filme expressa a presença do estado na qual opressoes sobre os individos da aquela sociedade, no entanto os revolucionario no meio na qual o estado coloca so vigilancia 24 horas pra nao sair na empressa. mas isso mostra uma boa visao que nao devemos ser subisso as opressoes impostas para nos.