[Resenhas] Piaf – Um Hino ao Amor
Tenho (ou deveria ter) uma relação de afeto com o cinema do Museu da República, no Catete. Posso estar enganado, mas acho apenas duas vezes lá estive para assistir a algum filme, e ambas foram experiências em que chorei muito. A primeira, sem dúvida, um de meus filmes favoritos, “As Pontes de Madison”, com o extraordinário desempenho de Meryl Streep, um filme admirável.
A segunda foi hoje, para assistir um filme que quase deixei passar – e jamais me perdoaria por isso.
Piaf – Um Hino ao Amor foi o último filme que assisti esse ano, mas conseguiu um feito difícil: entrou para minha lista de trinta e poucos filmes favoritos.
Talvez eu já tenha dito isso – talvez até pela supracitada Meryl Streep naquele ou em outro filme dela qualquer – mas se disse, direi de novo, e com mais ênfase: hoje tive o privilégio de assistir à maior interpretação feminina da minha jornada cinematográfica de tantos anos. E – ironia do destino – não veio de Hollywood, mas de um belo filme falado em francês…
Marion Cotillard.
Extraordinária.
Talvez eu nunca mais assista a um filme com Marion Cotillard. Talvez Edith Piaf não tenha sido como ela a construiu. Mas jamais esquecerei a Edith Piaf de Marion Cotillard.
Chorei baldes. Foi bom ter ido ao cinema tem saber nada da vida de Piaf. Foi bom ter enfrentado o calor de uma tarde carioca “daquelas”. Entre tantas opções, foi bom ter escolhido justamente um filme que tem resistido em cartaz pelo boca-a-boca que alimenta as esperanças dos cinéfilos.
Não perca. Não perca.
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Em tempo: Marion Cotillard é uma das cotadas para o Globo de Ouro e, certamente, para o Oscar. Já levou esse ano o Boston Society of Film Critics Awards, o Cabourg Romantic Film Festival, o Hollywood Film Festival (atriz do ano), o Los Angeles Film Critics Association Awards, o NRJ Ciné Awards, o Palm Springs International Film Festival, o Satellite Awards e o Seattle International Film Festival. No Globo de Ouro, onde concorre por Musical/Comédia, sua principal concorrente, até agora, é a também super premiada Ellen Page (por “Juno”). Mais premiada que as duas somente Julie Christie, que concorre em Drama por “Longe Dela”: as três são boas apostas para o Oscar.
Piaf foi o melhor filme que assisti desde seu lançamento e olha que sou traça de filmes.
anamélia said this on outubro, 11 2008 às 8:44 pm |
Magnífico. è de arrebentar o coração.
Luiz Lira said this on fevereiro, 06 2011 às 10:26 pm |