[Resenhas] Eu os Declaro Marido… e Larry

Tem muita gente (os críticos, ah, os críticos – com suas boas mas poucas exceções…) que não gostam muito do Adam Sandler. São aqueles que só levam a sério quem parece ser um “ator sério”, como se somente o drama ou os roteiros papo-cabeça fossem dignos de serem assistidos.

Quem me conhece sabe que, entre mil “estilos” e diretores diferentes, adooooro um cinema-pipoca, uma comédia romântica, um filme para rir.

Voltando ao Adam Sandler, suas últimas escolhas têm se mostrado bastante acertadas, com destaque para os excelentes Espanglês (2004) e Click (2006).

E esta semana entrou em cartaz mais uma ótima escolha na carreira desse bom ator: Eu Os Declaro Marido… e Larry, que acabei de assistir.

Num roteiro mais leve que os outros dois citados, mas ainda sim bem costurado (tem os dedos de Alexander Payne, dos excelentes “Paris, Te Amo”, ainda em cartaz, e “Sideways”), Sandler participa da produção e protagoniza (com um Kevin James inspirado) um filme que toca, entre outras coisas e de forma bem humorada, em algumas das feridas que não são só americanas mas também bem brasileiras: a mudança de postura de quem está à volta quando se revela sua verdadeira sexualidade.

No caso da dupla, essa revelação vem em meio à uma tentativa fraudulenta de burlar o fisco, e vocês já podem imaginar no que isso vai dar. Mas todo esse caldeirão gera cenas excelentes, com direito à linda Jessica Biel de contraponto, duas crianças literalmente muito bem na fita (Cole Morgen e Shelby Adamowsky) e pontas de luxo para Dan Aykroyd, Steve Buscemi e Richard Chamberlain.

Destaque absoluto para Ving Rhames roubando t-o-d-a-s as cenas das quais participa. E, claro, Adam Sandler perfeito no papel. Fique de olho na participação hilária mas não creditada de Rob Schneider.

Eu recomendo. Divirta-se.

~ por Tommy Beresford em setembro, 07 2007.