[Resenhas] High School Musical – Ano da Formatura

Ao contrário do que possa parecer, sinto-me muito à vontade em escrever sobre “High School Musical – Ano da Formatura”, tendo em vista que não acompanho os episódios na TV nem assisti os outros dois filmes. Fico, assim, livre de pré-conceitos e posso avaliar o terceiro filme da série – o primeiro lançado no diretamente no cinema – principalmente porque, tal como nos outros filmes para os quais me arrisco a fazer uma resenha, também não li as críticas previamente escritas.

O resultado foi uma tarde muito divertida com minha filha – e talvez eu tenha curtido até mais do que ela. De certa forma, em alguns momentos me vi de volta a um passado que deu aos adolescentes (um pouco mais grandinhos, e com temas mais profundos) séries como “Barrados no Baile”, cujo título em português era insuficiente para descrever a ótima trama que, também em fase de ‘high school’, envolvia jovens do mundo inteiro. Mas a high school de 2008, a High School de East High, é moderna, bem mais alegre e envolvente, com intérpretes que certamente cresceram muito – nos mais diversos sentidos – ao longo dos anos. Vemos um elenco afinado – outra vez inevitável: também nos mais diversos sentidos – e que tem carisma suficiente para, numa história simples, ‘abraçar’ o espectador com vigor.

Por coincidência, no caso da supracitada ‘Barrados’, o ano da formatura foi o mais interessante da saga. Não sei se os que acompanham High School desde o início gostarão mais deste terceiro filme que dos demais, mas certamente os fãs se emocionarão com esse momento de ‘quebra’ em que é necessário deixar de lado a escola – e tantos sentimentos vividos e acumulados – e escolher, mais que a faculdade, o rumo que guiará sua vida adulta.

O elenco, tão jovem, impresiona. Zac Efron é de fato o grande protagonista do filme, e desbrava seu Troy Bolton com um vigor que surpreende. Ashley Tisdale dá a sua Sharpay Evans uma brejeirice que adocica a quase-vilã na medida certa, ainda mais que a trama do filme é bastante clara e não tem como surpreender ninguém. Em participações menores, Olesya Rulin (Kelsi Nielsen), Monique Coleman (Taylor McKessie), Alyson Reed (Ms. Darbus) e, particularmente, Lucas Grabeel (Ryan Evans) são ótimos contrapontos para os demais.

Há dois grandes destaques. Ainda que com participação bem menor que seu amigo Troy, o Chad Danforth de Corbin Bleu rouba diversas cenas. E eu sinceramente torço para que Vanessa Hudgens consiga, no futuro, consolidar sua carreira mostrando um talento que vá além da Gabriella Montez de High School Musical: a belíssima jovem atriz ilumina a tela a cada vez que aparece.

Deu vontade de assistir mais sobre a série. As músicas deste terceiro longa são todas ótimas, as coreografias são impressionantes… melhor astral impossível. Destaque para o duo de Troy e Chad no ferro-velho e para o solo de Troy na escolha, mergulhado em suas dúvidas sobre o futuro. Comprem sua pipoca, levem seus amigos (ou filhos, ou pais) e divirtam-se.

~ por Tommy Beresford em outubro, 27 2008.