[Resenhas] Homem de Ferro

Uma das mais curiosas lembranças que eu tenho dos desenhos que passavam na minha infância e que se referiam a super-heróis é justamente a do Homem de Ferro. Na época, era bem divertido, e ninguém ligava muito para o estilo devagar-quase-parando da animação que, muito tempo depois, finalmente percebíamos que era quase bizarra. Não vivi a fase – certamente mais interessante – das revistas em quadrinhos, portanto minha visão do herói de Stan Lee é a da TV.

A produção cinematográfica de Homem de Ferro quase foi de Nick Cassavetes e de Quentin Tarantino, mas acabou sendo dirigida por Jon Favreau, e está no extremo oposto do antigo desenho. Uma produção caprichadíssima em cenas excelentes, em especial as que se referem à criação, montagem e o ato de vestir a belíssima armadura vermelho-ouro. Um filme que ultrapassa, com folga, boa parte das mais recentes produções que se referem a quadrinhos e/ou super-heróis.

Se a “história de guerra” não chega a ser uma maravilha, tudo que se refere a Tony Stark brilha mais que sua fortuna. Também, pudera: Robert Downey Jr mostra que seu talento transborda muito mais que qualquer polêmica em sua vida pessoal. Definitivamene, o Tony Stark de Downey Jr é definitivo, com muito mais pleonasmo do que a frase carrega (vale lembrar que Nicolas Cage e Tom Cruise foram cotados para o papel, ainda bem que não foram os escolhidos). Imperdível.

Minha implicância com Gwyneth Paltrow não me permite elogiá-la mais do que uma “participação correta”: as (pequenas) participações de Jon Favreau e Terrence Howard e, em especial, um irreconhecível mas impecável Jeff Bridges deixam a vencedora do Oscar no chinelo.

A fila na bilheteria numa seção de 13:30h me faz acreditar que minha previsão, antes do filme entrar em cartaz, pode se concretizar: “Homem de Ferro” deve ser um dos maiores blockbusters do ano. Com méritos.

Tommy Beresford

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~ por Tommy Beresford em maio, 02 2008.